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Entrevista com o Trio Dring

  • Renan Hart
  • 20 de fev. de 2016
  • 4 min de leitura

​1. Como surgiu o Trio Dring e por quê o nome?

Nós entramos mais ou menos no mesmo período no curso de música e acabamos por fazer várias disciplinas juntas. Decidimos que nos matricularíamos em uma disciplina chamada “música de câmara”. Essa matéria é prioritariamente prática e é basicamente voltada a ensinar os músicos a tocarem em conjunto, compreendendo o próprio papel e o papel do outro em repertórios específicos.


Depois dessa disciplina decidimos que continuaríamos tocando juntas e buscaríamos expandir e divulgar o leque musical da nossa formação (flauta, oboé e piano). Como a Ana disse, nós somos amigas e isso é fundamental pra que o grupo dê certo. Nossa convivência extramusical nos dá intimidade pra saber o que a outra está pensando e liberdade pra emitir opiniões.


O nome Dring é representativo porque somos um trio feminino. Temos uma sonoridade bastante específica e delicada. Sabemos que na história da música ocidental poucas são as mulheres que têm reconhecimento, em especial as compositoras. O nome acaba por aguçar a curiosidade de alguns e nos dá a oportunidade de falar sobre a Madeleine.


2. Quanto tempo estudam diariamente e quanto tempo se dedicam aos ensaios e repertórios do Trio?

Ana: Eu procuro estudar 3h por dia, mas nas férias essa rotina muda bastante! O repertório do trio, quando temos apresentação, sempre tem que ser relembrado, então pelo menos meia hora por dia, eu preciso me dedicar somente as peças do trio.


Lilia: Estudo diariamente cerca de 3h, claro que tem dia que não dá para estudar, mas tento manter uma rotina de estudos.


Neillene: Eu procuro estudar quatro horas por dia. Semestre passado eu estava em época de recital de formatura, então eu estudava bem mais que isso (pelo menos seis horas, incluindo os finais de semana). Quando você fica um dia sem estudar o corpo sente e alguns reflexos não acontecem, por isso é importante manter uma rotina bem rigorosa quando a necessidade é de um alto rendimento. Procuramos nos encontrar pelo menos uma vez por semana. Quando temos alguma apresentação os ensaios se intensificam até nos sentirmos seguras.


3. Como escolhem o repertório?

Nós procuramos muita coisa na internet, até porque não é uma formação comum. Quando a gente começou a tocar não imaginávamos a quantidade de obras existentes. A cada nova pesquisa nós vamos ficando mais encantadas com a beleza e a singularidade das músicas.


4. Com que idade vocês iniciaram os estudos na música e como surgiu o desejo em aprender mais sobre música?

Ana: Eu iniciei no piano com 7 anos, e nunca parei de estudar. Sempre gostei muito de cantar e tirar músicas de ouvido, e acho que estar na igreja foi fundamental para a minha vontade de me aprofundar mais. Aos poucos tudo vai fazendo sentido, só não podemos desistir! Para mim tocar em grupo é um grande incentivo e ajudar as pessoas através da música também.


Lilia: Comecei a estudar música com 11 anos, primeiro estudando piano e depois com 17 anos comecei a estudar oboé.


Neillene: Eu comecei estudar piano aos 5 anos de idade. Mas minha paixão sempre foi flauta transversal. Ganhei minha primeira flauta transversal quando tinha 11 anos, mas o combinado com meus pais era que iria apenas me divertir com a flauta e que continuaria os estudos no piano. Quando dei por mim a flauta já era prioridade. O desejo de aprender mais sobre música vem muito de bons resultados. Quando você se dedica acaba descobrindo novas possibilidades, o que o leva a se dedicar mais. Costumo brincar que música vicia! É um processo longo e muitas vezes árduo, mas mesmo em suas mazelas há algo de bom. Acredito também que a música cumpriu importante papel social em minha vida, o que também me fez buscar o aperfeiçoamento. Outro fator importante foi o papel estimulador da nossa igreja que sempre contou com orquestras, corais e conjuntos musicais.


5. Quais dicas vocês podem dar para aqueles que estão iniciando o aprendizado em música?

Ana: Ouvir bastante música de qualidade com bons interpretes, e estudar bastante! Procurar se sentir feliz ao estudar o instrumento e conhecer mais sobre essa arte que é maravilhosa! Ter muita paciência e amor. Um bom músico se torna uma pessoa melhor!


Lilia: Gosto de um ditado: "Música é vida interior e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão". Assim sou eu com a música, ela me preenche e faz com que possamos nos expressar da forma mais bela. Se você tem vontade de estudar música vá em frente, talvez você não seja um solista, mas com certeza te trará muitas alegrias esse mundo mágico que se chama música.


Neillene: Acho que uma coisa muito importante é saber o seu objetivo com a música. É tocar na igreja? É pra aprender uma música específica? É pra ser profissional? A partir daí você tem que criar uma rotina de estudos que o auxilie a cumprir metas. Mesmo que você queira tocar só por diversão, você precisa estudar! Conte sempre com um professor. Muitas vezes tentando aprender sozinhos, adquirimos alguns vícios que depois dão um trabalho enorme pra serem tirados. Tenha sempre prazer no que você toca! Isso engloba desde a escolha do instrumento até a do repertório. E por último, façam tudo (acho que isso serve pra vida) da melhor forma que puderem! A música é um presente de Deus pros seres humanos e devemos aproveitá-la da melhor maneira possível sempre para sua honra e glória.


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